terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Lumbago (dor aguda na região lombar)

O termo lumbago designa o aparecimento de uma dor aguda na região lombar. Embora existam inúmeras e distintas causas que proporcionem o aparecimento de dor nesta zona, o problema costuma ser originado por uma alteração osteomuscular, ou seja, ao nível dos músculos e dos ossos.
O lumbago é, na maioria dos casos, provocado pela irritação ou compressão dos nervos sensitivos provenientes da medula espinal que se aloja no interior da coluna vertebral na região lombar, pois é a que suporta maiores pressões, sobretudo na posição erecta, e a que é submetida, com maior frequência, a esforços exagerados.
Qualquer alteração nas articulações intervertebrais ou nos ligamentos e músculos da região pode provocar crises agudas de dor lombar. A artrose, alguns desvios da coluna vertebral e determinadas malformações congênitas da zona favorecem o desenvolvimento do problema. Além disso, os traumatismos diretos, as infecções e os tumores desenvolvidos na região lombar podem, provocar uma dor aguda, embora sejam motivos menos frequentes.
A dor costuma manifestar-se após a realização de um esforço ou movimento brusco do tronco como, por exemplo, ao levantar um peso sem fletir as pernas ou ao efetuar uma torção. Na maioria dos casos, a dor aparece de forma súbita, imediatamente após a realização de um esforço, mas também se pode manifestar apenas ao fim de algumas horas. É uma dor intensa situada na região lombar, que por vezes se alastra para as regiões glúteas e pélvicas ou até para um membro, em caso de ciática. Devido à grande intensidade da dor, a pessoa afetada praticamente não consegue movimentar -se, já que qualquer gesto aumenta a intensidade da dor até limites insuportáveis. Os músculos da zona lombar sofrem uma contratura, como reação de defesa, de modo a impossibilitar os movimentos que aumentem a dor, o que faz com que a pessoa tenha tendência para adquirir uma postura atípica, devido às dores, pois costuma ficar bloqueado, por exemplo, com o tronco inclinado para a frente ou para um dos lados. A dor apenas diminui de intensidade quando permanece nessa posição de forma espontânea, pois a irritação dos nervos sensitivos responsáveis pelo ataque é menor.
As causas de lombalgia crônica são semelhantes às que proporcionam o desenvolvimento dos ataques agudos, sendo em muitos casos inespecíficas, ou seja, não é possível determinar os motivos responsáveis. De qualquer forma, existem vários fatores que favorecem o desenvolvimento da dor: por exemplo, debilidade da musculatura da zona, obesidade, posturas incorretas, atividades que provoquem lesões ou microtraumatismos na zona. Embora a dor se manifeste principalmente na região lombar, por vezes, pode alastrar para a região pélvica ou glútea. Apesar de não ser muito intensa habitualmente, a dor costuma ser contínua ou intermitente, diminuindo com o repouso e aumentando de intensidade com os movimentos e esforços da coluna.
A dor ciática uni ou bilateral, acompanhada ou não por dor lombar, que surge após alguns minutos de caminhada ou à extensão da coluna pode ser causada por estenose (estrangulamento) do canal medular.
Qualquer lesão que afete esta medula causará sinais e sintomas neurológicos, tais como dor, dormência, formigar ou perda de força motora. A estenose do canal medular pode ser congênita ou causada pelos processos degenerativos comuns ao envelhecimento.
Com o passar dos anos, os discos intervertebrais perdem a capacidade de absorção de impacto, tornando-se mais facilmente alvo de lesões e causando distúrbios na mecânica da coluna vertebral. Estes distúrbios afetam a distribuição de peso na coluna, o que vai acabar lesando estruturas como as articulações intervertebrais e os ligamentos.
Estas estruturas, como parte do processo de defesa contra a agressão, tendem a se hipertrofiarem (são os chamados bicos de papagaio). Como fazem parte da formação do canal medular, o aumento destas articulações e ligamentos acaba diminuindo o diâmetro do canal, com a possível compressão da medula espinhal ou das raízes que originam os nervos, o que levaria aos sintomas descritos acima.

Sempre se deve tentar o tratamento conservador antes de indicar a cirurgia. O tratamento conservador consiste em analgesia (redução da dor)  através de medicamentos como analgésicos ou anti-inflamatórios ou acupuntura, exercícios e correção postural.
Dos exercícios o alongamento  é um dos exercícios mais indicados para aliviar a dor e se for detectado fraqueza dos músculos que dão suporte para a coluna os exercícios de fortalecimento como pilates e musculação fazem-se necessários.
Mas lembre-se do ditado popular “é melhor prevenir do que remediar”. Faça exercícios regularmente de preferência com orientação profissional, cuide bem da alimentação e evite posturas erradas e pegar peso de forma inadequada.